
Foto: Divulgação/Microsoft
A Microsoft está testando um recurso que promete melhorar a autonomia da bateria no Windows 11. Chamada de “User Interaction-Aware CPU Power Management”, a função reduz o uso da CPU quando detecta que o usuário está longe do dispositivo. A novidade já está presente na build 26200.5603 da atualização 25H2 e deve chegar também à versão 24H2. Essa gestão inteligente de energia será aplicada ao sistema operacional inteiro.
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A funcionalidade atua de forma automática, sem interferência do usuário, para garantir economia de energia em momentos de inatividade. Quando o sistema não detecta interações como toques na tela, cliques ou uso do teclado, a CPU é imediatamente ajustada para operar em modo de baixo consumo. Isso inclui a redução da frequência do processador e o uso mais intenso dos estados de repouso (C-states). Ao retomar o uso, o desempenho volta ao normal quase instantaneamente.

Como funciona o gerenciamento inteligente da CPU no Windows 11
O novo sistema de gerenciamento de energia da Microsoft foi desenvolvido para ser sensível à interação do usuário. Isso significa que o Windows 11 monitora em tempo real se há atividade, como movimento do mouse, teclado ou toques na tela. Quando o sistema detecta inatividade, entra automaticamente em um estado de economia de energia, chamado internamente de “user inactivity state”.
Nessa condição, o sistema operacional reduz drasticamente o uso da CPU aplicando configurações específicas de energia definidas pelo fabricante do dispositivo, conhecidas como Processor Power Management (PPM). A intenção é prolongar a duração da bateria sem comprometer a experiência do usuário.
Quais ajustes o Windows aplica ao processador
Assim que o sistema identifica a ausência do usuário, duas medidas principais são adotadas para reduzir o consumo energético:
- Diminuição da frequência da CPU: o processador opera com velocidades menores e menor voltagem para economizar energia.
- Ativação de estados de repouso mais profundos (C-states): a CPU permanece por mais tempo em modos que simulam um “sono leve”, o que reduz o gasto energético sem desligar o componente.
Essas mudanças são reversíveis em milissegundos. Assim que qualquer forma de interação é detectada, seja um clique, uma tecla ou um toque na tela, o Windows retorna a CPU para a política padrão ou de alto desempenho. O objetivo é garantir uma transição suave e imperceptível para o usuário.

Quando o recurso não é ativado automaticamente
Nem sempre o gerenciamento de energia baseado em inatividade será aplicado. De acordo com a Microsoft, o sistema é capaz de identificar situações em que o uso contínuo do processador é necessário — como durante a execução de vídeos, jogos ou outras atividades intensivas. Nesses casos, o recurso é automaticamente desativado para manter a performance total.
Além disso, podem existir outros cenários específicos onde a política de economia não é ativada, mas esses detalhes ainda não foram divulgados pela empresa.
Vai ser possível desativar essa economia de energia?
Sim. O recurso User Interaction-Aware CPU Power Management será opcional. De acordo com informações obtidas pelo site Windows Latest, os usuários poderão desativar essa função manualmente nas configurações de energia do sistema. Essa é uma boa notícia para quem prefere manter a CPU operando sempre em alto desempenho, mesmo quando não está interagindo com o dispositivo.
Novo recurso com Copilot também promete economia de bateria
Essa não é a única funcionalidade com foco em autonomia que a Microsoft está testando. Uma nova ferramenta com interface baseada no Copilot também está em desenvolvimento. Ela monitora o nível da bateria em tempo real e sugere ajustes automáticos, como redução de brilho da tela e mudança nos modos de energia, para aumentar a duração da carga.
Importante destacar que essa funcionalidade não envia dados para a nuvem nem para modelos de IA. Trata-se de um script local que apenas utiliza a marca Copilot na interface.
O que esperar das próximas atualizações do Windows 11
O recurso já está presente na build 26200.5603 e é confirmado para a atualização Windows 11 25H2, que chegará ainda este ano. A versão 24H2 também deverá receber a função nos próximos meses, conforme os testes forem concluídos.
Com esse novo gerenciamento energético, a Microsoft demonstra um esforço para tornar o Windows 11 mais eficiente e adaptável ao uso moderno de laptops e dispositivos híbridos. Em um cenário onde autonomia é cada vez mais valorizada, recursos como esse podem se tornar um diferencial real para os usuários.
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