CRÍTICA | Side Effects: O caos perfeito para jogar com amigos

Side Effects O caos perfeito para jogar com amigos

CRÍTICA | Side Effects: O caos perfeito para jogar com amigos

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Imagem via Free Lives

Quando um jogo consegue misturar tensão psicológica, estratégia simples e momentos absolutamente caóticos ao lado dos amigos, ele ganha automaticamente meu respeito. E foi exatamente essa a minha experiência com Side Effects, um indie inspirado na fórmula de risco extremo de Buckshot Roulette, mas com uma personalidade própria e um charme sombrio que torna cada partida imprevisível e divertida.

Sim, o jogo é “legalzinho”, no melhor sentido da palavra. Aquele tipo de título que não pretende ser grandioso, mas entrega exatamente o que promete: diversão tensa, risadas nervosas e momentos absurdos que só um multiplayer caótico pode proporcionar.

Side Effects: uma roleta russa farmacológica que funciona melhor entre amigos

Em essência, Side Effects é a fusão perfeita entre estratégia leve e sorte cega. O conceito é simples: um grupo de comprimidos é colocado na mesa e cada jogador deve ingerir um deles, sabendo apenas que alguns curam, alguns machucam… e outros praticamente te matam na hora.

Eu sei, parece insano. E é justamente isso que torna o jogo tão bom.

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Imagem via Free Lives

Quando jogado sozinho, Side Effects oferece uma experiência interessante, quase como um minigame psicológico. Porém, é no multiplayer que o jogo atinge seu ápice, transformando cada rodada em um circo de paranoia coletiva. Jogar com amigos se torna uma mistura de tensão, blefe e humor involuntário, e honestamente, é impossível não se divertir.

Se existe um jogo perfeito para aquela call no Discord ou para animar uma noite entre amigos, Side Effects está facilmente no topo da lista.

O que torna o jogo tão viciante? A simplicidade com propósito

A estrutura é simples, mas incrivelmente eficaz:

  • Cada jogador tem barras de vida e resistência.
  • Os comprimidos podem afetar uma ou outra de forma imprevisível.
  • Um único erro, ou uma escolha aparentemente inofensiva, pode encerrar sua partida em segundos.

E o melhor: cada rodada, novas pílulas são adicionadas. Algumas extremamente perigosas. Outras… perigosas também. Nesse jogo, até o comprimido “seguro” parece sorrir pra você com sarcasmo.

Essa constante sensação de risco iminente é o que garante que o jogador nunca se sinta confortável. Você sempre está um passo de cair do penhasco, e ainda assim o jogo te convida a sorrir enquanto isso acontece.

Ferramentas que deixam tudo ainda mais caótico

Uma das melhores decisões de design de Side Effects é permitir que o jogador use ferramentas e itens antes de escolher a pílula:

  • Scanner: detecta se um comprimido é perigoso (mas não o tipo de dano).
  • Hammer: destrói um comprimido (útil… ou não).
  • Swap: troca pílulas com outro jogador.
  • Soro: neutraliza parte dos efeitos.
  • Itens de sabotagem: ótimos para criar inimigos, literalmente.

Essa camada de estratégia transforma o jogo de simples sorte para uma espécie de mini pôquer farmacológico, onde blefes, ameaças e manipulações fazem parte da diversão.

E novamente: é no multiplayer que essas interações brilham. Ver seu amigo destruir a única pílula segura sem querer (ou de propósito) é um espetáculo à parte.

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Imagem via Free Lives

Atmosfera perturbadora, mas bem dosada

Side Effects tem um visual minimalista e intencionalmente desconfortável. A estética médica com pitadas de grotesco funciona perfeitamente no contexto. Nada é explícito demais, mas tudo soa levemente errado, como se você realmente não devesse estar ali ingerindo substâncias misteriosas.

O design de som é outro ponto forte: discreto, mas inquietante, reforçando a tensão antes de cada decisão.

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Essa ambientação funciona como contraste interessante para o caos cômico das partidas. É como se o jogo dissesse: “Você deveria estar com medo… mas também pode rir disso”.

O que eu achei? Surpreendentemente divertido e viciante

Falando totalmente como opinião pessoal: eu gostei muito de Side Effects, especialmente porque ele acerta em cheio na proposta de ser um jogo rápido, estratégico e perfeito para multiplayer.

Não é um game profundo, não tenta ser complexo nem cinematográfico. Ele se propõe a ser caótico, leve e viciante, e consegue isso com maestria.

Cada partida me trouxe algum momento memorável:

  • Um amigo tomando o único comprimido mortal por pura confiança.
  • Outro destruindo uma pílula “segura”, mudando toda a estratégia.
  • Rodadas que terminam em segundos.
  • Outras que viram um embate psicológico digno de reality show.

É exatamente esse equilíbrio entre humor e tensão que faz Side Effects funcionar tão bem.

Se você gosta de jogos sociais, de blefe, de risco ou apenas quer rir de situações absurdas com seus amigos, este é um prato cheio.

Um ótimo jogo casual para sessões rápidas e muita diversão

Side Effects não reinventa o gênero, mas entrega uma fórmula que funciona perfeitamente. É rápido, imprevisível, engraçado e tenso na medida certa. Um jogo ideal para quem deseja experiências curtas, caóticas e extremamente divertidas, especialmente em grupo.

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