A indústria dos games acaba de presenciar um dos maiores acordos de sua história, a Electronic Arts (EA Games), responsável por franquias como FIFA/EA FC, The Sims e Battlefield, foi vendida por US$ 55 bilhões. O negócio, confirmado nesta segunda-feira (29), transforma a publisher em uma empresa privada, agora sob controle de um consórcio formado pelo fundo saudita PIF, a gestora Silver Lake e a Affinity Partners.
Os números impressionam: cada acionista receberá US$ 210 por ação, um valor 25% acima da cotação recente, consolidando a operação como o maior investimento all-cash já realizado para retirar uma empresa de capital aberto da bolsa.

Quem são os novos donos da Electronic Arts
O consórcio que assume a EA Games é liderado pelo fundo soberano da Arábia Saudita (PIF), que já detinha 9,9% da publisher. Além disso, a gestora Silver Lake e a Affinity Partners, de Jared Kushner, entram como sócios estratégicos para fortalecer a presença da companhia em novas frentes de mercado.
O pacote de benefícios para os acionistas é expressivo:
- Pagamento integral em dinheiro, com US$ 210 por ação
- Prêmio de 25% sobre a cotação mais recente
- Valorização acima do recorde histórico de US$ 179 por ação
Esse acordo posiciona a venda da EA como a segunda maior da história dos jogos, ficando atrás apenas da compra da Activision Blizzard pela Microsoft, avaliada em US$ 75,4 bilhões.
Impactos da aquisição no mercado de jogos após venda da EA Games
A venda da EA não apenas reforça sua relevância no setor, mas também destaca a crescente influência da Arábia Saudita na indústria global de games. O PIF já possui investimentos em empresas como Nintendo, Take-Two, Activision Blizzard e Embracer Group. Agora, com a Electronic Arts em seu portfólio, o país se firma como um dos maiores players do entretenimento digital.
Esse novo cenário pode acelerar planos da EA em áreas estratégicas como:
- Jogos móveis e serviços digitais
- Esportes eletrônicos (eSports)
- Experiências híbridas que conectam o físico ao digital
O que dizem os líderes da EA e dos investidores
O CEO da EA Games, Andrew Wilson, descreveu a aquisição como uma “validação poderosa” do trabalho criativo da empresa. Segundo ele, o compromisso continuará sendo oferecer experiências transformadoras aos jogadores em escala global.
Já Turqi Alnowaiser, representante do PIF, afirmou que o consórcio ajudará a “impulsionar a inovação e o crescimento mundial da EA”. Para Egon Durban, co-CEO da Silver Lake, o investimento será decisivo para ampliar o alcance da companhia. Jared Kushner, da Affinity Partners, reforçou o peso cultural e a visão ousada da Electronic Arts como fatores que justificam a compra.
O futuro da EA Games após a venda
Apesar da mudança no controle, a liderança atual da Electronic Arts permanece no comando. Isso garante continuidade estratégica, ao mesmo tempo em que abre portas para novas oportunidades de expansão internacional.
A empresa segue com sua programação de lançamentos: recentemente chegou ao mercado o EA FC 26, e o aguardado Battlefield 6 tem lançamento previsto para outubro. A expectativa é que, com o suporte do consórcio, a EA consiga acelerar ainda mais sua capacidade de inovação e expansão global.
O que esperar para Battlefield 6
Com a EA Games agora sob novos donos, o mercado observa de perto como a publisher irá conduzir suas franquias mais icônicas. A chegada de Battlefield 6 em outubro pode ser o primeiro grande teste desse novo capítulo da empresa, que promete continuar oferecendo experiências de alto impacto para milhões de jogadores em todo o mundo.
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